Trocar as gorduras naturais dos alimentos pelos óleos de sementes é mais saudável?

Trocar as gorduras naturais dos alimentos pelos óleos de sementes é mais saudável?

Trocar as gorduras naturais dos alimentos (gorduras Saturada e Monoinsaturada) pelos óleos de sementes (Poli-insaturada-óleos vegetais) é mais saudável? Mito ou Verdade?

MITO

No início do século 20 (e toda a história que o antecedeu), as gorduras utilizadas eram as saturadas, as de origem animal, em especial a da banha do porco. Nessa época doenças cardíacas não estavam entre as maiores causas de morte.

Até então, óleos de sementes eram utilizados como combustível de máquinas, lubrificantes, dentre outros. Com a chegada dos combustíveis fósseis, esses óleos foram sendo substituídos, e com isso foi necessário encontrar outro tipo de utilização para eles. Onde veio a ideia de transformá-los em alimento.

Para torná-los menos tóxicos, mais claros e palatáveis foi criada a hidrogenação (em 1907), que é um longo processo físico, térmico e químico com aplicação de solventes, extremamente agressivo, surgindo assim a primeira gordura hidrogenada (gordura trans) em 1911.

Só que em meados do século 20, mortes por problemas cardiovasculares vinham aumentando significativamente.

Em paralelo a indústria de óleos vinha fazendo um lobby muito forte para aumentar as vendas dos óleos vegetais como alimento, e assim foram apresentados alguns estudos científicos extremamente frágeis demonstrando que o aumento do colesterol era causa isolada nessas mortes, e que este se dava através do consumo das gorduras saturadas. Enfim, tempestade perfeita, era o fortalecimento de um óleo que não aumentava o colesterol, além de ter um preço muito atrativo. E assim veio o aumento do consumo dessas gorduras hidrogenadas, e consequente aumento no consumo de carboidratos, uma vez que a gordura das carnes foi igualmente demonizada.

Já existem vários estudos mostrando que uma das maiores causas de doenças cardiovasculares, foi justamente a combinação do consumo exagerado de carboidratos com óleos de sementes (gorduras trans, que estão presentes em quase todas as comidas prontas, fast food, etc). Nas últimas décadas, do contrário do que se esperava, as doenças cardiovasculares dispararam, inclusive entre os mais jovens, o que terminou demonstrando que o consumo dos óleos de semente, mesmo baixando o LDL, não ajudaram a baixar o indice dessas mortes, e ao contrário, só pioraram os resultados.

Dr PAUL SALADINO: “cortar carne vermelha, gordura saturada e consumir mais óleos de sementes, pode fazer com que o colesterol LDL diminua, mas esses óleos oxidam o LDL. O efeito de oxidação do LDL desencadeia resistência a insulina e problemas relacionados, incluindo doenças cardíacas.”

Mas isso não para por ai. Além da gordura trans, nos óleos de sementes (soja, girassol, canola, milho, etc) há um grande desequilíbrio entre ômega 6 (gorduras pró-inflamatórias) e ômega 3 (gorduras anti-inflamatórias), aumentando assim a tendência a inflamações.

Já se sabe que praticamente todas as doenças crônicas não transmissíveis, tais como diabetes, hipertensão, obesidade, tumores, doenças nos músculos, ossos, glândulas tem alguma relação com inflamações crônicas de baixo grau, e estas podem ter várias causas, mas a desproporção entre o ômega 6 e o ômega 3 contribuem e muito no seu agravamento.

Atualmente os óleos de sementes são tidos como a maior fonte de ômega 6 (causando um grande desequilíbrio com o ômega 3). São considerados como os “alimentos” mais artificiais e metabolicamente incompatíveis com o nosso organismo. Sendo assim, melhor evitá-los.

Vale ressaltar que as gorduras ômega 6 e 3, são muito importantes, mas de forma equilibrada, ou seja, do jeito mais natural possível, portanto de fontes naturais, e não super industrializadas.

As gorduras naturais, as saturadas e as monoinsaturadas, são obtidas a partir das carnes, coco, leite, oliveira, abacate, nozes, castanhas com um baixo nível de processamento, mantendo assim suas características nutricionais além de se mostram mais estáveis, ou seja, quando aquecidas mantém mais preservadas suas características químicas, o que já não ocorre com os óleos de sementes.

De toda forma, sempre pensando nesse equilíbrio, gorduras acrescentadas devem ser consumidas com moderação.

Converse com seu médico.

Nas receitas da Conserve, não são utilizados óleos de sementes. Utilizamos a gordura natural dos alimentos envolvidos (carnes), azeite de oliva ou óleo de coco, além de disponibilizarmos para venda ao cliente a gordura natural extraída do caldo de ossos (gordura do tutano).

Esse documentário é muito interessante e tem depoimentos de especialistas no assunto.

https://youtu.be/1Mp4Vkx30mA

Fontes:

https://www.rodrigobomeny.com.br/educacao-em-diabete/60-todas-as-gorduras-sao-iguais.html

https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/noticias/Paginas/Omegas-as-gorduras-do-bem.aspx



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